Xandão Seixas quer reativação do projeto do “Parque
Eólico BA-2 – Costa Dourada”
![]() |
Imagens ilustrativas de parques de geração de energia eólica |
Investimento orçado em R$ 248 milhões foi interrompido em
2001; geração de energia seria suficiente para atender população de 600 mil
habitantes
Autor da Indicação nº 099/2019, a ser apresentada na
reunião desta terça-feira (15) da Câmara, o vereador Alexandre Deolinda Seixas
(PSC), o Xandão Seixas, vai cobrar do prefeito a retomada dos contatos junto ao
Governo da Bahia e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para reativação
do projeto do “Parque Eólico BA-2 – Costa Dourada”.
Xandão lembra que, 18 anos atrás, em dezembro de 2001,
concretizou-se o Projeto “Parque Eólico BA-2 – Costa Dourada”, que chegou a ser
licitado e autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em
26/12/2001.
![]() |
Xandão Seixas |
O sistema de parque eólico previa capacidade de geração
de energia de 99,5 Megawatts, capaz de atender a demanda de uma população de
600 mil habitantes, equivalente a cerca de 15 municípios do tamanho de Mucuri,
considerando uma população de 42 mil habitantes, conforme estimativa do IBGE.
“O que recomendamos agora é que a Prefeitura retome os
contatos junto ao Governo da Bahia e Aneel, para verificar em que situação
encontra-se a documentação relativa ao projeto”, sustenta Xandão.
Na época, em 2001, o investimento anunciado pela Aneel
seria em torno R$ 248.600.000,00, sendo que a empresa Enerbrasil (Energias
Renováveis do Brasil) realizaria todo o projeto, previsto para ser entregue em
31/12/2004.
“O fato é que já se passaram quase 20 anos, e não temos
nenhuma notícia relativa ao projeto, que teve sua autorização de início das
obras publicada pela Aneel, juntamente com mais 23 usinas eólicas que
ampliariam em 1.907 Megawatts a capacidade de geração do País, de acordo com
informações da própria Aneel”, explica o vereador.
ENERGIA EÓLICA
As usinas eólicas, que utilizam o vento como fonte para
geração de energia, faziam parte do esforço empreendido pelo governo federal,
na época sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso, de incentivar a
geração de energia elétrica com a utilização de fontes alternativas, como a
força dos ventos e da luz solar. Além de serem renováveis, essas fontes
garantem a produção da chamada “energia limpa”, de baixo impacto ambiental.
BAHIA É CAMPEÃO NACIONAL EM ENERGIA EÓLICA
Na semana passada, informação publicada no site oficial
do Governo da Bahia mostrou que nosso estado é campeão nacional em geração de
energia eólica.
Em número de parques eólicos, existem 160 em operação e
na comercialização de projetos. A geração de energia eólica na Bahia cresceu
49,9% no primeiro semestre de 2019, quando comparado ao mesmo período do ano
passado.
A produção, entre janeiro e junho deste ano, foi de 7.262
Gigawatt/hora (GW/h), enquanto no mesmo período de 2018 foi de 4.844,2 GW/h.
Além de registrar a maior taxa de crescimento, graças aos novos parques em
funcionamento, os números fizeram o estado liderar nacionalmente na produção
energética.
A Bahia apresentou os melhores aproveitamentos do vento
para a geração de energia do país no período. Os ventos baianos têm velocidade
superior à necessária para a geração de energia, é unidirecional e constante. A
região onde os parques estão instalados possui fatores de capacidade superior a
50% e atinge picos de 85% em meses mais produtivos.
Concluindo o documento, Xandão afirma: “É um assunto da
maior importância que merece prioridade, não apenas do Poder Executivo, mas de
todos nós aqui da Câmara de Vereadores. Não podemos ficar à margem do projeto,
até porque Costa Dourada já foi visitada, confirmando-se o seu potencial
eólico.”