sexta-feira, 17 de julho de 2020

VEREADOR IRMÃO ISAÍAS LANÇA INFORMATIVO "MARCA DE TRABALHO"


Publicação traz balanço de sua atuação na Câmara de Mucuri entre janeiro de 2017 a junho de 2020


Já está em circulação no município de Mucuri, começando pelo distrito de Itabatã, o informativo do vereador Isaías Ferreira de Oliveira, o Irmão Isaías (PSC). Intitulada “Marca de Trabalho”, a publicação tem formato ofício, quatro páginas e traz um balanço da atuação do parlamentar na Câmara de Mucuri entre janeiro de 2017 e junho deste ano.

A capa traz o perfil que mescla o vereador, industriário, sindicalista, professor, microprodutor rural e líder religioso. Isaías tem 51 anos, casado, três filhos. Foi eleito vereador em 2016 com 619 votos, ficando em quarto lugar entre os mais votados.

Primeira página do informativo do vereador Isaías



PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA COM FAMILIARES PODE ENFRAQUECER BASE POLÍTICA DE PREFEITURÁVEIS



Privilégios concentrados em determinados candidatos a vereador tendem a esvaziar chapas e dificultar alcance do quociente eleitoral


Texto de: Elvacy Venâncio dos Santos*

Para ser feliz, uma família não precisa de muito, basicamente só irá necessitar da união e amor entre os seus integrantes. Essa sabedoria é uma lição de vida que nem todos seguem. Na cabeça de alguns, mais importante no seio familiar é a garantia de privilégios, como se a ordem fosse: “Para a família, tudo; para o resto, o que sobrar... Se sobrar.”

Na política, determinados grupos políticos tendem a exagerar na garantia dos privilégios para seus familiares, como se eles fossem o centro do universo. Por isso, analistas concluem que, em ano eleitoral, quando um prefeiturável, líder de um grupo político, escolhe no dedo um, dois ou mais candidatos a vereador, apenas pelo critério familiar, corre o risco de enfraquecer a base de apoio.

Ao escolherem um ou dois candidatos a vereador no meio de 20, 30 ou 60 apoiadores, não é bom para democracia, nem para a ética, ferindo o princípio da igualdade. É aquela história dos apadrinhamentos a vereador escolhido, como se fosse o único que poderá ajudá-lo a se eleger.

Isso pode fatalmente provocar uma rebelião ou esvaziamento do grupo, levando à desistência individual ou coletiva, por perceberem que estão sendo “usados” como escada para elevar uns pouco protegidos pelo suposto líder. Parentes preferidos dos prefeituraveis ferem a unidade do grupo, tornam-se atitudes desleais, injustas e tiram a oportunidade de chances iguais para todos.

Em um ano eleitoral como este, tais desvios de conduta podem gerar um motim, levando à desistência de mais da metade dos atuais pré-candidatos. Isso pode afetar até o atingimento do quociente eleitoral. No final, o tal candidato privilegiado pode até ser bem votado, mas o partido não atingirá o quociente necessário para garantir a vaga na Câmara.

Tudo isso pode provocar o famoso “coice de urna”, resultante de ações que buscam demarcar território, apadrinhando amigo confiável ou principalmente alguém da família, com a certeza de se eleger. Pré-candidatos a prefeito lançaram ou pensam lançar alguém da família, uma cunhada, um primo, um irmão e até mesmo um filho a uma vaga no Legislativo municipal.

Essa lamentável prática já é recorrente em Mucuri e, no passado recente, já provocou desde a desistência de postulantes até a falta de fidelidade de vereadores ao prefeito e seu candidato. Comenta-se que, a prosperar o apadrinhamento, pelas incertezas jurídicas e políticas que avançam galopantes sem um destino plausível, muitos fatos desagradáveis podem acontecer, mudando totalmente o rumo das coisas, como demonstram algumas pesquisas de opinião pública.

Vereador parente de prefeito direciona execução de obras e serviços, têm preferência para nomear, arrumar empregos para seus colaboradores e eleitores. Quando eleitos,  pela proximidade do prefeito, também viram dirigentes de partidos, gestores de empreiteiros, chefes dos secretários e se intitulam subprefeitos por extensão.

É bom que todos os prefeituráveis e dirigentes partidários tenham essa noção do atual contexto político, ou surpresas desagradáveis vão acontecer nas urnas, afinal o povo não é bobo.

*  Elvacy Venâncio dos Santos tem graduação superior em Marketing, ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Mucuri.


segunda-feira, 13 de julho de 2020

ITABATÃ CONCENTRA 64,5% DOS CASOS DE COVID-19 NO MUNICÍPIO DE MUCURI


Distrito tem 152 dos 236 casos confirmados

Boletim do dia 10/7

Quando a Secretaria Municipal de Saúde de Mucuri fechou o boletim epidemiológico da semana, às 18h45min de sexta-feira (10), os casos confirmados da Covid-19 chegavam a 236, com 139 recuperados e 358 descartados, além de 5 óbitos.

O distrito de Itabatã, maior contingente populacional do Município, registrava o maior número de casos – 152, equivalente a 64,5% do total. Em segundo lugar vem Mucuri-sede com 49 (20,7%). Os demais distritos, povoados, assentamentos e comunidades rurais, juntos, totalizavam 35 (14,8%).




quinta-feira, 9 de julho de 2020

ELEIÇÕES 2020: DÚVIDAS E INDEFINIÇÕES MARCAM CENÁRIO DE PRÉ-CAMPANHAS EM MUCURI


Políticos veteranos e novatos sacodem pré-candidaturas a prefeito

O grupo de veteranos inclui nomes ligados a campanhas majoritárias, como o atual prefeito, ex-prefeitos, ex-vice prefeito e ex-candidato a prefeito e a deputado em várias eleições

Para alguns, os dias aflitos de pandemia da Covid-19 parecem longos demais; para outros, tudo está passando muito rápido. Devagar ou rapidamente, o fato é que estamos nos aproximando do período das convenções – entre 31 de agosto e 16 de setembro –, quando os partidos serão obrigados a resolver se lançam candidatos próprios, se firmam coligações ou se ficam de fora das eleições. Falta menos de dois meses.

Por enquanto, a conjuntura pré-eleitoral é feita de personagens que se autointitulam “pré-candidatos” – seja a prefeito, a vice-prefeito e a vereador. É uma condição levemente confortável, porque muitos assumem as tais pré-candidaturas sem muitos compromissos firmados, porque, até o prazo final das convenções, muita coisa pode mudar.

Foi assim no passado, não será diferente no presente. O medo do tal novo coronavírus não altera determinadas práticas.

A cadeira de prefeito de Mucuri, ocupada pelo médico Carlos Simões desde o dia 1º de janeiro de 2017, transformou-se em sonho de consumo de muitos políticos, inclusive do próprio Carlos, que, segundo pessoas próximas, vai de peito aberto para a reeleição.


RÁPIDO PERFIL DE ALGUNS DOS PRETENDENTES

O cenário “prefeitoral” de pretendentes se divide entre veteranos da política local, nomes que circulam há cerca de 20 e 30 anos no vaivém das alianças e acordos, e novatos, alguns até com certa dose de experiência no assunto, outros novatos mesmo.

VETERANOS

DR. CARLOS

O atual prefeito completou 64 anos dia 4 de julho. Teve seu ingresso no setor público de Mucuri exercendo, por dois períodos, os cargos políticos de secretário de Saúde do Município. Posteriormente, em 2008, arriscou disputar a Prefeitura e ficou em terceiro lugar; o vencedor foi Paulo Alexandre Matos Griffo, o Paulinho de Tixa.

Logo na eleição seguinte, em 2012, preferiu aliar-se ao ex-adversário e formou chapa como vice-prefeito de Paulinho. Paulinho se reelegeu, Carlos virou vice-prefeito. No mesmo período, acumulou também o cargo de secretário de Assistência Social. Em 2016, criou coragem novamente e candidatou-se a prefeito, vitorioso nas urnas.

PAULINHO DE TIXA

Com 20 anos a menos que Carlos, o advogado Paulinho de Tixa, 44, estreou na política com vitória em 2008 e reelegeu-se em 2012. Seu perfil é de estrategista, capaz de conquistar antigos adversários, respeitado por conhecer a política na teoria e na prática, auxiliado pelo pai, o ex-prefeito Firmino Griffo Ribeiro, o Tixa.

ROBERTINHO

Roberto Carlos Figueiredo Costa, o Robertinho, acabou de completar 55 anos em abril. Sua biografia inclui duas passagens como prefeito de Mucuri: a primeira, no mandato 1993-1996, e a segunda – 2001-2004. Depois, em 2008, foi novamente candidato, mas sem sucesso. Nas eleições de 2012 e 2016, preferiu ficar de fora.

GELSON DA PADARIA

Depois de 24 anos, quando foi eleito vice-prefeito na chapa do ex-prefeito Milton Borges, Gecivaldo Maciel de Oliveira reaparece agora no cenário, também na condição de pré-candidato. Nesse intervalo de cinco eleições, chegou a disputar uma de prefeito – em 2000 –, quando ficou em terceiro lugar. Na época em que era vice de Milton, chegou a ter uma função a mais no governo, ao ser nomeado administrador do ainda povoado (hoje distrito) de Itabatã.

Nas articulações da disputa de 2008, foi um dos integrantes do “grupão” conhecido na época como “G-7” e colocou seu nome como pré-candidato a prefeito, mas acabou desistindo para apoiar a candidatura vencedora de Paulinho de Tixa.

KOCK FEREGUETI

Jorge Roberto Kock Feregueti, 52 anos, ex-funcionário da Bahia Sul (atual Suzano), atualmente comerciante, por duas vezes consecutivas disputou o cargo de prefeito de Mucuri, mas sem lograr êxito; também colocou-se por três vezes como candidato a deputado estadual, ficando como suplente em 2018. Novamente tem o nome cogitado como pré-candidato.

Kock já foi por diversas vezes aconselhado a concorrer a uma vaga de vereador, mas nunca topou.

NOVATOS

MARQUINHOS GAZZINELLI

Marcos José Lorentz Gazzinelli, 51 anos, empresário, é um dos nomes cogitados pelo Partido Progressistas (PP).

RIELMA

Servidora pública da área de educação e também sindicalista, Rielma Teixeira apresenta-se como pré-candidata a prefeita pela primeira vez em Mucuri.

JORGE CAJAZEIRAS

Ocupou cargo de gestão na Suzano Papel e Celulose e hoje é consultor da empresa. Não há informações sobre se já disputou ou exerceu alguma atividade pública.

SAULLO

Vereador pelo segundo mandato, 30 anos, afirmou recentemente em entrevista neste blog que não disputará reeleição na Câmara, admitindo a condição de pré-candidato a prefeito pelo PROS. Disse, inclusive, ter iniciado “uma caminhada no intuito de consolidar a própria base política”.


BETO BORGES

Exercendo o segundo mandato de vereador na Câmara de Mucuri, Roberto Barros Borges, 37 anos, é filho do ex-prefeito Milton Borges. É o atual presidente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). 

OUTROS NOMES

Com menor circulação nos noticiários ligados à política, sem mais informações nos arquivos deste blog, outros nomes ligados a pré-candidaturas a prefeito são citados, como: Alex, comerciante do ramo de churrascaria; Fafá, dono de uma vidraçaria em Itabatã; Pastor Lino Greco; Amélia, titular de cartório; e Jomar, dono de uma empresa de segurança patrimonial.

No decorrer das próximas semanas, estaremos acompanhando o dia a dia dos pré-candidatos, as articulações, alianças e possíveis coligações, para melhor informação dos eleitores.



gerson leal