quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

ENTREVISTA: RIELMA ADMITE CONDIÇÃO DE “FIEL DA BALANÇA” NO RESULTADO DAS ELEIÇÕES DE MUCURI

 

Candidata do Podemos ficou em 5º lugar numa disputa que teve 7 candidatos a prefeito

 



Para ela, campanha curta, pandemia e falta de um número maior de debates prejudicaram o seu desempenho nas urnas

 

Única mulher concorrendo dentro de uma campanha que teve sete candidatos a prefeito, a pedagoga Rielma Jesus Teixeira (Podemos), de 41 anos, saiu das urnas no dia 15 de novembro com a marca de 688 votos, equivalente a 3,11% dos votos apurados, que lhe asseguraram o posto de 5º lugar na disputa.

 

Duas semanas depois das eleições, ela concedeu entrevista ao JORNAL DE MUCURI.

 

JM - Em linhas gerais, como a senhora avaliou o resultado das eleições municipais de 15 de novembro em Mucuri?

 


RIELMA - Mucuri é um município com uma população de grande diversidade que está amadurecendo politicamente, de forma gradativa. Nestas eleições, tivemos uma participação histórica de sete candidatos concorrendo à Prefeitura. Foi uma concorrência acirrada, prova disso é que fiquei em quinto lugar, e que poderia ter sido uma espécie de “fiel da balança”, tanto para o segundo quanto para o terceiro colocado.

Um fator que creio ser importante mencionar é que, como foi minha primeira participação na política partidária, meu nome sendo novo, precisava ser amplamente divulgado para ser conhecido em todo o Município.

Assim, não tive o tempo suficiente, a campanha eleitoral foi muito curta, e em plena pandemia da Covid-19, além da falta de um número maior de debates desde o início da campanha. Tudo isso acabou me prejudicando. Mas, posso dizer que saio dessa campanha eleitoral cheia de orgulho e muito agradecida aos mucurienses.

 

JM - Segundo a presidente do Podemos, Renata Abreu, a legenda "não é de esquerda e nem de direita, mas para a frente". Qual o fato motivador do seu ingresso no partido e da decisão de se candidatar a prefeita de Mucuri?

 


RIELMA – Pareceu-nos correta a aposta em uma candidatura com um partido longe de extremos, com uma filosofia que nasce de um histórico de lutas pela coletividade, assumindo o compromisso da política transparente, participativa e democrática, filosofia essa que acredito e procuro viver em meu dia a dia.

O partido Podemos me acolheu com imenso respeito, na pessoa do deputado federal Bacelar, presidente estadual, e Renata Abreu, presidente nacional, que me deram o suporte necessário para o início da minha trajetória política partidária. Sou imensamente grata pelo acolhimento e convivência desde que me filiei.

Portanto, assim como Renata Abreu, que assumiu um grande desafio em presidir o partido nacionalmente, fui incentivada e motivada a concorrer às eleições para a Prefeitura de Mucuri pelo trabalho que já exerço há mais de 25 anos, por estar à frente na defesa dos direitos dos servidores do Município, o que me capacitou tecnicamente para encarar esse grande desafio, e também por ser um nome novo na política partidária e a única mulher.

 

“Queremos dar mais visibilidade ao partido, promovendo encontros para discutir a política em todos as esferas – municipal, estadual e federal.”

  

JM - Desde quando o Podemos foi estruturado em Mucuri, qual o número de filiados?

 


RIELMA - O partido Podemos (PODE) foi reestruturado em 2019, tornando-o conhecido em Mucuri. Hoje, temos em média 218 filiados e iremos tornar esse número muito maior, temos um caminho a ser percorrido e queremos dar mais visibilidade ao partido, promovendo encontros para discutir a política em todos as esferas – municipal, estadual e federal.

 

JM - O que levou à formação de uma chapa com um candidato a vice-prefeito do PT?

 


RIELMA - Reunimos por diversas vezes com outros partidos, mas quando estamos falando de eleições, existem outros aspectos que fazem surgir obstáculos para a formação de alianças que vão além de questões ideológicas. O PT surgiu como único partido livre para fazermos uma coligação. A melhor lição que podemos tirar do momento é que política é a arte de somar.

 

JM - Qual futuro a senhora vislumbra para a legenda nas próximas eleições?

 


RIELMA - A política é muito dinâmica, faz-se necessário observar o cenário que irá se desenhar nesses próximos anos. Foi uma caminhada feita com muita ética, respeito à população, mas também árdua, necessária e, agora, com mais experiência, o que me faz pensar em alçar novos voos. 

 

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