Estado representa quase 20% de
toda a área ofertada pela Agência Nacional de Mineração
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Extração de cobre no município de Jaguarari (Foto: Mateus Pereira/GOVBA) |
Mucuri passa a fazer parte do
grupo de municípios com áreas disponíveis para concessão à iniciativa privada
em exploração mineral. No País, devem ser disponibilizadas 7.027 áreas para
pesquisa e lavra, envolvendo os mais variados tipos de substâncias minerais. A
Agência Nacional de Mineração (ANM) abriu no final de dezembro a 2ª Rodada de
Disponibilidade de Áreas de oferta.
A Bahia representa quase 20%
de toda a área ofertada pela Agência Nacional: 19,43% do terreno está no estado. Ao todo, são
1.349 áreas para oferta em regime de pesquisa e 17 em regime de lavra - que é
um regime de extração de substâncias minerais com aproveitamento imediato do
jazimento mineral que, pela sua natureza de pequeno volume e distribuição
irregular do bem mineral, muitas vezes não justifica o investimento em
trabalhos de pesquisa, tornando, assim, a lavra garimpeira o regime mais
indicado.
Nas várias regiões da Bahia, a
oferta indica que os minérios disponíveis para exploração são: areia, argila,
charnoquito, conglomerado, gnaisse, granito, mármore e sienito.
No extremo sul, além de
Mucuri, outros municípios foram relacionados, como: Alcobaça, Belmonte, Canavieiras,
Caravelas, Eunápolis, Itamaraju, Medeiros Neto, Nova Viçosa, Porto Seguro e Teixeira
de Freitas.
Bahia é o
quarto maior produtor nacional de bens minerais
Quarto maior produtor nacional
de bens minerais, a Bahia lidera a exploração de 11 tipos de minérios e metais
preciosos, como quartzo, magnesita e diamante. O estado é também rico em ouro,
com 36% do total produzido, em cobre (19%) e níquel (13%) – a maior parte
dessas jazidas estão localizadas no semiárido, em Jacobina, Juazeiro,
Jaguarari, Campo Formoso, Barrocas, Andorinha e Itagibá, local da única
produtora de níquel sulfetado do país. É o único estado a fabricar vanádio
(Maracás) e urânio (Caetité).
O setor é responsável por
quase 2% do PIB do estado. Somente em agosto, o setor gerou aos cofres desses
municípios uma arrecadação da ordem de R$ 9,4 milhões, com a cobrança da
chamada compensação financeira pela exploração mineral (CFEM) – ou royalties. Já
toda a produção comercializada no estado alcançou R$ 564 milhões. A expectativa
é que a mineração baiana receba, nos próximos anos, até US$ 12,8 bilhões em
investimentos. Os projetos são relacionados à produção de zinco, bauxita,
ferro, calcário, entre outros.
Os dados fazem parte do
informe executivo realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE),
com informações da Agência Nacional de Mineração (ANM). O boletim completo está
disponível no site da SEI.